Libra divulga modelo de divisão de receitas

A Liga do Futebol Brasileiro (Libra) divulgou, nesta terça-feira, 21 de março, seu modelo de distribuição de receitas obtidas com direitos de transmissão e patrocínios na futura liga que será criada.

Pelo modelo divulgado pela Libra, haveria um período de transição até atingir o patamar de divisão de ganhos entre os clubes para 45% de maneira igualitária, 30% por performance e 25% por engajamento. Durante o período de transição, essa divisão seria de 40% igualitária aos times, 30% por performance e 30% por engajamento.

No atual modelo, de acordo com a Libra, a audiência determina 48,1% das receitas distribuídas aos clubes, enquanto a performance fica com 22% e a distribuição igualitária é de apenas 29,7% das receitas.

A proposta é uma forma de garantir que Flamengo e Corinthians não apresentem uma queda drástica de receitas, clubes que atualmente recebem mais na TV. Esse período pode ser menor, caso as receitas cresçam e possam garantir aos dois um valor equivalente ao que recebem hoje.


A Libra estabeleceu os seis principais conceitos para a criação da liga brasileira em 2025:

  • Construção de um modelo de competição e organização entre os clubes sob um ponto de vista técnico e mercadológico;
  • Diminuição do gap financeiro entre os clubes no cenário nacional, bem como das equipes brasileiras em relação aos adversários internacionais;
  • Regra de transição elaborada para que os clubes não percam receita em relação ao modelo atual;
  • Subsídio para a Série B acima do praticado nas principais ligas internacionais, como forma de aumentar a competitividade no âmbito interno;
  • Mensuração da audiência com o objetivo de estimular os clubes a buscar cada vez mais engajamento de seus torcedores;
  • Aporte financeiro inicial como forma de financiar a entrada dos clubes em uma nova era do futebol brasileiro.

Esse pagamento pela adesão à Libra deve ser garantido pelo contrato que está prestes a ser assinado com a Mubadala Capital, que fez uma proposta de US$ 900 milhões (R$ 4,7 bilhões, na cotação atual) para adquirir 20% dos direitos comerciais da futura liga por 50 anos. Os clubes estão em fase final de ajustes das cláusulas contratuais com a investidora e devem assinar o acordo nos próximos meses.

A Libra defende que o modelo de distribuição de receitas saia de 40-30-30 para 45-30-25 a partir do momento que arrecadar R$ 4 bilhões ao ano em direitos de mídia e publicidade.

Um ponto que diverge da LFF é na distribuição dos recursos para a Série B, já que a Libra propõe 15% da receita, e o modelo atual é de 9,5%.

Já a LFF propõe um modelo de 20% para as Séries B e C. Dele, 18% ficaria com a segunda divisão e 2% com a terceira. Os integrantes da Libra argumentam que não há necessidade de enviar um montante para Série C, já que a liga brasileira estará apenas nos campeonatos da primeira e segunda divisões.

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