O dirigente do Flamengo, Rodrigo Dunshee acredita que a participação dos clubes na discussão é fundamental.
A regulamentação das apostas esportivas se aproxima cada vez mais. Após o posicionamento da CBF e por clubes grandes do Rio de Janeiro e de São Paulo, o vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, se manifestou em seu Twitter.
“Essa semana ficou claro que os clubes querem participar do processo que regulamentará as apostas desportivas no Brasil. O jogo só pode funcionar no país se o governo regular. Mas não basta isso, a nosso ver. As apostas se dão sobre nossos eventos esportivos, se utilizam de nossas marcas, símbolos, imagens, etc… além disso, é nossa atividade que fica sujeita aos riscos colaterais maléficos”, publicou Rodrigo.
“Precisa valer a pena para os clubes, senão podemos chegar à conclusão de que não interessa. Me causa certo espanto ouvir algumas pessoas dizendo que o governo poderia canibalizar as marcas dos clubes contra a vontade deles, dando isso de graça para empresas de apostas. Estamos em 2023, isso não existe mais. Hoje vale o ganha-ganha e temos certeza que vamos chegar a um bom termo”, acrescentou.
Posicionamento da CBF
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) solicitou ao Ministério da Fazenda uma remuneração maior para o futebol a partir da regulamentação das apostas esportivas. O movimento da entidade segue o posicionamento adotado pelos quatro principais clubes de São Paulo e do Rio de Janeiro, que desejam uma participação ativa no processo.
Atualmente, a lei 13.756/2018 prevê que 1.63% sobre o do GGR (gaming gross revenue ou receita bruta dos jogos) seja destinado “às entidades desportivas brasileiras que cederem os direitos de uso de suas denominações, suas marcas, seus emblemas, seus hinos, seus símbolos e similares para divulgação e execução da loteria de apostas de quota fixa”. Na proposta da CBF, há o desejo de que o percentual passe para 4%.
Paulistas e cariocas desejam ter voz ativa no projeto
Em uma nota conjunta, Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco da Gama, Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos, se posicionaram sobre a proximidade da regulamentação das apostas por por Medida Provisória, da Lei nº 13.756/2018 e expressaram “preocupação”.
Os clubes alegam que hoje as empresas do setor são responsáveis por grande parte das receitas de marketing. No Brasileirão 2023, por exemplo, apenas o Cuiabá não possui uma parceria com uma marca do setor. Na Série B, todos os participantes já estão com uma parceria em atividade.
O posicionamento se dá, principalmente, pois as equipes paulistas e cariocas desejam ser consultadas e tenham caminho livre para propor melhorias.