Libra e LFF estão próximas de um acordo para liga única em 2025

A Liga do Futebol Brasileiro (Libra) e a Liga Forte Futebol do Brasil (LFF) trataram com otimismo um acordo para a realização da liga única no Brasil a partir de 2025, durante participações no Sports Summit, realizado nesta quinta-feira, em São Paulo (SP).

Os dois grupos negociam a criação de uma liga no futebol brasileiro e, depois de apresentarem grandes divergências, consideram estar mais próximos de um denominador comum. O desejo de ambos é tentar um acerto até o fim do primeiro semestre.

“Sem os 40 clubes (das Séries A e B), temos dois grupos de negócio e não é o que queremos. Eu diria que neste tema dos direitos e distribuição dos direitos, super complexo, estamos nos finalmentes. Vamos chegar lá, acredito muito nisso. Vou até fazer uma analogia, temos uma feijoada completa na mesa, falta a laranjinha”, afirmou Thairo Arruda, diretor geral da SAF do Botafogo e parte da Libra.

“Pela maior maturidade dos clubes, não há mais discussão se deve ou não ter uma liga, é inegável que precisamos de um novo produto para trazermos mais valor ao campeonato nacional. Estamos fazendo um negócio para 50 anos, nunca nos debruçamos nesse nível de profundidade nesse assunto, então é natural que haja uma divergência, opiniões assimétricas”, reforçou Fred Luz, diretor da Alvarez&Marsal, uma das interlocutoras da LFF.

“Eu diria que houve um primeiro momento em que se desejava fazer junto, depois foi se afastando, e agora estamos muito próximos de um acordo”, concluiu.


As discussões pela liga no futebol brasileiro começaram a ganhar força em 2020, com os 40 times das Séries A e B realizando encontros presenciais sobre o tema. A partir do momento que o assunto avançou, as divergências cresceram e se criaram dois blocos: a Libra, com 18 times, e a LFF, com 26.

Há alguns pontos de divergências, mas a forma de divisão dos direitos da competição é o principal. A LFF quer um equilíbrio mais imediato nas cotas de televisão, enquanto a Libra propõe uma evolução gradativa, embora já com um início menos discrepante do que o atual.

O cálculo é feito a partir da distância do que o time ganha mais e o que ganha menos. De acordo com números da Libra, atualmente a diferença é de 6 vezes.

O modelo apresentado pela própria Libra faz com que esta diferença chegue a 3,5 vezes após os cinco anos de transição. A LFF deseja que a distância já comece em 3,5x.

“Queremos estar todos do mesmo lado, queremos um caminho de união e juntar os 40 clubes para a melhoria do futebol brasileiro. É um processo. Estamos tratando de pelo menos 50 anos do futuro do futebol brasileiro. O Futebol Forte nasceu para defender um caminho que consideramos ser o mais justo para o futebol brasileiro”, declarou Marcelo Paz, presidente do Fortaleza, um dos clubes da LFF.


Na quarta, Julio Casares, presidente do São Paulo, outro membro da Libra, disse que se não for criada agora uma liga brasileira, os “dirigentes serão julgados como incompetentes”.

Durante as apresentações dos dois grupos na Sports Summit, o discurso estava alinhado de que o clube não pode mais ser visto como o produto no futebol brasileiro, mas sim a competição.

Além dos direitos de transmissão, há outros pontos de discussão entre os grupos, como a regra da Libra de que as grandes decisões terão de ser tomadas por unanimidade.

A LFF é contra esta medida, mas dentro da própria Libra esta pauta está perto de ser mudada. Leila Pereira, presidente do Palmeiras, tornou público o assunto ao reclamar da postura que considera ser soberba de Rodolfo Landim, presidente do Flamengo.


Fonte: Globo (GE)

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