A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou, em primeiro turno, a criação de uma loteria municipal, chamada BHLot, na última terça-feira (02). O objetivo é que os valores arrecadados sejam utilizados para financiar ações de assistência social, cultura, esporte, segurança pública, saúde e direitos humanos.
A proposta de loteria municipal recebeu 35 votos favoráveis e 4 contrários. Segundo o site Itatiaia, os vereadores Bráulio Lara (Novo), Marcela Trópia (Novo), Fernanda Pereira Altoé (Novo) e Flávia Borja (PP) se opuseram ao projeto.
O texto necessita agora ser aprovado em segundo turno e sancionado pelo prefeito Fuad Noman (PSD) para a loteria de Belo Horizonte ser lançada formalmente.
“Foi uma questão de postura partidária. O Novo é contra ampliar a atuação do poder público além do que a gente acha que é essencial, que seria saúde, educação e segurança”, afirmou Altoé.
Autor do projeto da BHLot, Juliano Lopes (Agir) utilizou o exemplo de Cuiabá, capital do Mato Grosso, onde uma loteria nos mesmos moldes arrecada R$ 1,7 milhão por ano.
Sobre a BHLot
De acordo com o vereador, a BHLot contaria com a mesma linha de operação da Loteria Mineira, administrada pelo governo estadual, onde as pessoas adquirem as cartelas e os números são sorteados.
“Também há loterias assim em Campinas e Fortaleza. É um projeto que a prefeitura de Belo Horizonte consegue arrecadar por loteria própria. Esses recursos vão diretamente para o fundo social e investidos no esporte e ação social”, explicou o vereador.
“Eu não tenho uma previsão porque não sei qual será a adesão da população. Vai depender do marketing da prefeitura. Mas creio que se Cuiabá arrecadou isso, Belo Horizonte (pode arrecadar) em torno de R$ 5 milhões. É uma perspectiva”, complementou Lopes.
Ainda conforme o vereador Juliano Lopes, a responsabilidade pela organização e a administração da BHLot ficaria com a Secretaria de Administração.