O Real Madrid, divulgou em nota, nesta segunda-feira (22), informando que o presidente do clube espanhol, Florentino Pérez, se reuniu com o atacante ViniJr. para mostrar apoio diante de mais um caso de racismo sofrido pelo jogador. Em nota, o Real Madrid afirmou que vai “até as últimas consequências” para defender o jogador brasileiro.
O time espanhol, declarou no comunicado que apresentou uma denúncia à Procuradoria-Geral do Estado, mais especificamente à Procuradoria contra crimes de ódio e discriminação.
Nota do ViniJr.
O atleta brasileiro, e jogador do Real Madrid, em nota declarou: “Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito”, declarou ViniJr, após o fim da partida, na qual além de sofrer ataques racistas, foi expulso após confusão em campo.
Apoio ao jogador ViniJr
Após o caso de racismo ocorrido neste domingo (21), várias figuras públicas vieram prestar solidariedade ao jogador do Real Madrid.
Além do presidente do Real Madrid, o treinador do time, Carlos Ancelotti, expressou sua indignação após o caso de racismo sofrido por ViniJr. durante a partida da LaLiga, entre Real Madrid e Valencia.
“Falei com ele durante o jogo porque o ambiente era muito quente e muito ruim. Perguntei se ele queria continuar. Eu não queria tirá-lo porque o ambiente é racista. Nunca me aconteceu. Assim não. É inaceitável. A La Liga tem um problema que não é Vinicius, ele é a vítima. O que fazer? Não se pode jogar futebol assim. Eu diria o mesmo se tivesse ganhado É muito grave. Insultam Vinícius o tempo todo e depois dão vermelho para ele. Estou muito triste. É uma liga com grandes equipes, mas temos de tirar isto. Estamos em 2023. A única maneira é parar o jogo. É verdade que há um protocolo, mas é preciso ir para casa”, declarou Ancelotti.
Nota Oficial:
“O Real Madrid C.F. manifesta o seu mais veemente repúdio e condena os acontecimentos verificados ontem contra o nosso jogador Vinícius Junior.
Esses fatos constituem um ataque direto ao modelo de convivência do nosso Estado social e democrático de direito.
O Real Madrid considera que tais ataques também constituem um crime de ódio, razão pela qual apresentou a correspondente denúncia à Procuradoria-Geral do Estado, mais especificamente à Procuradoria contra crimes de ódio e discriminação, para que os factos sejam investigados e as responsabilidades apuradas.
O artigo 124 da Constituição espanhola estabelece como funções do Ministério Público promover a ação da justiça em defesa da legalidade e dos direitos dos cidadãos e do interesse público.
Por este motivo, e face à gravidade dos factos ocorridos, o Real Madrid recorreu à Procuradoria Geral do Estado, sem prejuízo do seu carácter privado nos procedimentos que se seguirem.”
