Presidente do Vila Nova declarou que futebol estaria “totalmente contaminado” em três ou quatro anos

Nesta terça-feira (30), o presidente do Vila Nova Futebol Clube, Hugo Jorge Bravo, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), declarou que o futebol estaria em um estado de completa contaminação dentro de três ou quatro anos, caso não tivessem sido realizadas as investigações contra a manipulação de resultados.

A CPI, instaurada na Câmara dos Deputados, tem como objetivo investigar um esquema de manipulação de jogos de futebol em benefício de apostadores.

A abertura da CPI foi motivada por uma investigação conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), que revelou a existência desse esquema. Bravo foi responsável por fazer denúncias envolvendo jogadores de sua própria equipe.

“Essa operação veio num momento muito importante para o futebol brasileiro. Eu posso dizer para vocês, tranquilamente, se isso não acontecesse, nos próximos três, quatro anos, o futebol estaria completamente contaminado”, declarou o dirigente.

Brasília (DF) 30/05/2023 CPI do Futebol realiza audiência pública para ouvir procurador-geral de Goiás (MPGO), Cyro Terra Peres; o promotor de Justiça (MPGO) Fernando Cesconetto; e o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo. Foto Lula Marques/ Agência Brasil.


“Fica muito claro que os atletas que até então eram aliciados, se tornavam aliciadores. Estava se criando ali um ciclo vicioso que iria comprometer sobremaneira o futebol brasileiro”, disse o presidente do Vila Nova.

Durante seu depoimento, o presidente do Vila Nova comparou os escândalos em curso no futebol brasileiro com a doença da febre aftosa, que prejudica a criação de gado. Segundo ele, a operação ocorreu em um momento crucial para o futebol no Brasil.

“Se fosse daqui quatro, cinco anos, teríamos aquele problema semelhante da febre aftosa, nós teríamos ali o mundo se fechando ao produto brasileiro.Então, essa operação veio num momento muito importante”, disse.


Fonte: G1 (Globo)

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