Nesta terça-feira (30), o presidente do Vila Nova Futebol Clube, Hugo Jorge Bravo, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), declarou que o futebol estaria em um estado de completa contaminação dentro de três ou quatro anos, caso não tivessem sido realizadas as investigações contra a manipulação de resultados.
A CPI, instaurada na Câmara dos Deputados, tem como objetivo investigar um esquema de manipulação de jogos de futebol em benefício de apostadores.
A abertura da CPI foi motivada por uma investigação conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), que revelou a existência desse esquema. Bravo foi responsável por fazer denúncias envolvendo jogadores de sua própria equipe.
“Essa operação veio num momento muito importante para o futebol brasileiro. Eu posso dizer para vocês, tranquilamente, se isso não acontecesse, nos próximos três, quatro anos, o futebol estaria completamente contaminado”, declarou o dirigente.
“Fica muito claro que os atletas que até então eram aliciados, se tornavam aliciadores. Estava se criando ali um ciclo vicioso que iria comprometer sobremaneira o futebol brasileiro”, disse o presidente do Vila Nova.
Durante seu depoimento, o presidente do Vila Nova comparou os escândalos em curso no futebol brasileiro com a doença da febre aftosa, que prejudica a criação de gado. Segundo ele, a operação ocorreu em um momento crucial para o futebol no Brasil.
“Se fosse daqui quatro, cinco anos, teríamos aquele problema semelhante da febre aftosa, nós teríamos ali o mundo se fechando ao produto brasileiro.Então, essa operação veio num momento muito importante”, disse.
Fonte: G1 (Globo)