O ex-jogador do Vila Nova-GO, Marcos Vinícius Alves Barreira, mais conhecido como Romário, deve comparecer nesta terça-feira (20), à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das apostas esportivas para prestar depoimento sobre sua participação no esquema de manipulação de resultados em partidas de futebol.
Romário foi denunciado no âmbito da deflagração da primeira fase da Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), que investigou e denunciou casos suspeitos de manipulação de resultados no futebol.
Segundo as investigações realizadas pelo Ministério Público de Goiás, o jogador deveria cometer um pênalti proposital, após terem sido feitas apostas neste sentido.
Entretanto, ao saber que iria ficar de fora da partida, o jogador tentou aliciar outros jogadores do time.
O depoimento do atleta está marcado para às 14:30h (horário de Brasília), e será o primeiro de um atleta investigado por envolvimento nos esquemas de manipulação investigado pela Operação Penalidade Máxima na CPI das Apostas Esportivas.
O jogador que foi banido do futebol pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) no final de maio, estava jogando pelo Vila Nova-GO quando foi abordado por manipuladores de apostas.
O acordo estipulava que o jogador deveria cometer um pênalti durante o primeiro tempo da partida contra o Sport, que era válida pela última rodada da segunda divisão do Campeonato Brasileiro Série B de 2022.
No entanto, Marcos Vinícius não foi escalado para o jogo contra o time pernambucano e tentou convencer seus colegas de equipe a cumprir sua parte no acordo. No entanto, a penalidade não foi cometida.
Além de ser banido do esporte, Romário também foi condenado a pagar uma multa de R$ 25 mil. Durante seu depoimento ao Ministério Público de Goiás (MP-GO), ele afirmou ter recebido ameaças de morte por parte dos líderes do grupo criminoso.
Operação Penalidade Máxima
A Operação Penalidade Máxima I e II, investiga ações de manipulação de jogos de futebol da Série A e B do Campeonato Brasileiro 2022, e campeonatos estaduais.
A nova denúncia, apresentada à Justiça recentemente, foi feita com base em conversas de aplicativos de mensagens. Através delas, os investigadores puderam encontrar os valores oferecidos a cada atleta para que tomasse cartões amarelos ou vermelhos, ou até cometessem pênaltis.
O MP-GO pede a condenação do grupo e o ressarcimento de 2 milhões de reais aos cofres públicos por danos morais coletivos.
Fonte: CNN Brasil
