STJD “internacionaliza” punição de Romário e eleva multa para R$ 80 mil

No julgamento realizado nesta quinta-feira (22) no Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), foi mantida a decisão de eliminar o jogador Romário, ex-Vila Nova-GO, do futebol. Ele foi um dos primeiros investigados no esquema de manipulação de resultados descoberto pela Operação Penalida Máxima, conduzida pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).

O tribunal desportivo decidiu aumentar a multa para Romário de R$ 25 mil para R$ 80 mil.

Os auditores explicaram que a eliminação, ao contrário do banimento absoluto que impede o retorno ao esporte, ainda permite a revisão da pena após dois anos, conforme estabelecido no artigo 99 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

Outro ex-jogador do clube goiano, Gabriel Domingos, também teve sua punição mantida, sendo afastado por 720 dias. Além disso, a multa aplicada aumentou de R$ 15 mil para R$ 80 mil.

CPI das apostas esportivas


José Perdiz, presidente do STJD, determinou que as punições sejam encaminhadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para a FIFA, a fim de que tenham validade internacional.

Romário e Gabriel Domingos foram os primeiros atletas a serem julgados e punidos por seu envolvimento no esquema de manipulação. No primeiro julgamento, Romário participou por videoconferência, enquanto Gabriel Domingos esteve presente fisicamente na sede do órgão, no Rio de Janeiro.

Desta vez, nenhum dos dois compareceu pessoalmente ao tribunal ou participou por meio de videoconferência.

As investigações apontaram que Romário era o centro do esquema. Segundo os promotores, ele recebeu dinheiro de apostadores para cometer um pênalti contra o Sport, na última rodada da Série B do ano passado, mas não foi escalado para a partida. A partir disso, Romário começou a buscar outros jogadores para participarem da fraude.

Quando a operação foi deflagrada em 14 de fevereiro, as informações iniciais indicavam que Domingos teria apenas emprestado sua conta bancária para o repasse do dinheiro. No entanto, o MP-GO afirmou que, com o aprofundamento das investigações, concluiu-se que o atleta tinha um envolvimento maior no caso.


Fonte: GE (Globo)

Últimas Notícias

Relacionados