Clubes da Liga Forte Futebol (LFF) assinaram, nesta sexta-feira (30), em São Paulo, os contratos de venda de 20% dos direitos de transmissão do Brasileirão para os investidores Life Capital Partners e Serengeti Asset Management. O acordo terá duração de 50 anos, a partir de 2025.
Um total de R$ 2,3 bilhões será investido nos clubes afiliados à LFF, com uma parte desse valor sendo antecipada nos próximos dias. Esse adiantamento de até R$ 500 milhões foi realizado pela XP Investimentos e possibilitará a realização de contratações durante a janela de transferências, que vai da próxima segunda-feira (03) até 2 de agosto.
Atualmente, apenas três clubes da Liga Forte – Atlético-MG, Internacional e Náutico – não assinaram os contratos, alegando a necessidade de cumprir procedimentos internos antes de aderir ao acordo. A Liga informou que esses clubes e aqueles que desejam se juntar à entidade deverão tomar suas decisões nos próximos dias.
A distribuição das cotas de receita para cada clube levou em consideração o número de participações de cada equipe nas Séries A e B desde 2003, quando foi adotado o sistema de pontos corridos. Os valores mais altos serão pagos aos clubes que permaneceram mais tempo na elite do futebol nacional ao longo desses 20 anos.
“A formação do bloco da LFF é um passo fundamental para redução dos desequilíbrios financeiros que afetam a competitividade do futebol brasileiro, com impactos diretos na qualidade do espetáculo e em sua atratividade comercial. A partir desse passo decisivo continuaremos buscando a formação da Liga Unificada, seguindo as melhores práticas do mercado global. Nossa visão é transformar a Liga Brasileira em uma das três maiores ligas do mundo e devolver ao futebol de nosso país o brilho que o consagrou”, comemorou Mario Bittencourt, presidente do Flamengo.
Internacional, Atlético-MG e Náutico não assinam
No Internacional, o Conselho Deliberativo não chegou a um consenso sobre a validade de entrar no acordo.
“O Internacional participou da criação da LFF e da construção dos modelos de divisão mais equilibrados, que garantem mais receita e aumentam a competitividade do clube no futebol brasileiro. Seguindo os ritos internos, levaremos o Acordo de Investimento para apreciação do Conselho Deliberativo do clube”, explicou o presidente colorado Alessandro Barcellos.
No caso do Atlético-MG, ainda há incerteza quanto à adesão ao acordo. O Náutico, por sua vez, expressou insatisfação com a divisão de receitas destinada à Série C.
Fonte: GE (Globo)