Polícia investiga crimes em negociação que prometia vaga na base do Corinthians

Inquérito foi aberto após diretor denunciar falsificação de assinatura em carta para jogador de 16 anos; preso por liderar esquema de apostas é suspeito e admite pagamento de R$ 60 mil.

A investigação da Polícia Civil de São Paulo envolve uma denúncia de falsidade ideológica e outros potenciais crimes, como estelionato, relacionados a uma transação que prometia uma vaga no time sub-17 do Corinthians.

Os delitos teriam ocorrido no final de 2021, e a investigação foi iniciada em agosto do ano anterior, após uma solicitação feita por Osvaldo Neto, diretor de futebol de base do Corinthians. Ele alega ter tido sua assinatura falsificada, uma alegação que foi respaldada por um laudo pericial emitido pelo Instituto de Criminalística.

Nos últimos meses, indivíduos sob investigação e testemunhas foram convocados para prestar depoimentos à Polícia. A investigação continua em curso.

O incidente se refere a um lateral-direito e um meia, ambos com 16 anos na época, que serão identificados apenas como Lucas por razões de privacidade. Na ocasião, Lucas estava jogando por uma equipe de Santa Catarina. Durante seus depoimentos à Polícia, dois intermediários afirmaram ter pago por uma vaga para o jogador na equipe sub-17 do Corinthians. No entanto, há divergências em relação aos valores mencionados: um relato indica R$ 55 mil, enquanto o outro menciona R$ 60 mil.


Lucas teve a oportunidade de visitar o Parque São Jorge e posar para fotos com a camisa do clube, tanto no estádio da Fazendinha quanto na área externa da sede administrativa do Corinthians. No entanto, infelizmente, o jovem foi impedido de participar dos treinos junto com a equipe de sua categoria.

A família do jogador possuía uma carta em papel timbrado do Corinthians, solicitando a presença de Lucas para realizar exames médicos. O documento continha a assinatura do diretor Osvaldo Neto, porém, ele nega ter dado qualquer autorização nesse sentido.

Osvaldo Neto declarou: “A diretoria do Corinthians não solicita dinheiro para nenhum tipo de transação, usaram meu nome e o nome do clube indevidamente! Sou uma vítima nesse caso. O papel em questão não tem relação alguma com os documentos oficiais do Corinthians, e a assinatura presente não é a minha.”

Por intermédio de seu departamento de comunicação, o Corinthians expressou seu lamento diante de casos como esse, que continuam ocorrendo e causam prejuízos emocionais e financeiros às famílias que buscam auxiliar seus filhos a alcançarem o sonho de se tornarem jogadores de futebol profissionais. O clube reforça a importância de que todos se informem sobre as práticas corretas adotadas em suas seleções oficiais. Nesse sentido, o Corinthians também se considera uma vítima de criminosos que se passam por falsos empresários.


Fonte: Ge (Globo)

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