A estratégia ofensiva tem um desempenho satisfatório durante os momentos favoráveis no primeiro tempo, porém, a equipe carece de efetividade para criar oportunidades claras. Exaurido, o time do Flamengo é subjugado na segunda etapa e consegue manter o empate.
Inicialmente, a equipe do Flamengo mostrou falta de contundência em suas ações. Posteriormente, a falta de energia física se tornou evidente. Como resultado, o desempenho geral do Flamengo foi insuficiente para obter a vitória no clássico contra o Fluminense, que ocorreu no domingo à tarde no Maracanã.
Excluindo a péssima arbitragem de Sávio Pereira Sampaio, que além das intervenções do VAR, tumultuou o jogo com 45 faltas assinaladas e não conseguiu conter a violência, a atuação da equipe comandada por Jorge Sampaoli ficou abaixo das expectativas. O Flamengo, desfalcado devido a lesões e suspensões, já entrou no clássico contra o Fluminense à beira do esgotamento físico, após os jogos disputados em campo sintético contra o Palmeiras e o Athletico-PR. Como estratégia, decidiu utilizar a energia restante no primeiro tempo.
Ao adotar uma estratégia de marcação avançada, o time do Flamengo conseguiu desestabilizar o Fluminense na saída de bola, resultando em erros por parte do adversário. No entanto, faltou efetividade para converter essas oportunidades em gols, ou até mesmo em finalizações perigosas. Mesmo demonstrando uma melhora em seu desempenho, o Flamengo finalizou apenas cinco vezes, sendo que apenas duas dessas finalizações foram em direção ao gol de Fábio. Esse número é consideravelmente baixo, evidenciando uma falta de assertividade ofensiva por parte da equipe rubro-negra.
Após o intervalo, Fernando Diniz realizou ajustes nas posições dos jogadores, substituindo Martinelli por Lelê, e colocou o Fluminense em uma postura ofensiva, pressionando no campo adversário. Essa mudança foi o bastante para fazer a equipe de Sampaoli recuar e focar mais em fechar os espaços do que em jogar.
A disparidade entre as 11 finalizações do time tricolor e apenas três do Flamengo ilustra claramente o domínio exercido pelo Fluminense ao longo dos 45 minutos, nos quais o Flamengo até mesmo teve dificuldades para contra-atacar devido à falta de fôlego. As ausências de Fabrício, Ayrton, Pulgar e Pedro no banco de reservas tiveram um impacto significativo, e as substituições realizadas pelo treinador tiveram um efeito limitado.
O gol de Gabriel anulado devido à falta de Pablo, conforme assinalado pelo VAR, seria uma recompensa para um time que permitiu que Fábio, o goleiro adversário, fosse pouco mais que um espectador no segundo tempo. As substituições de Everton Ribeiro, Arrascaeta e, principalmente, David Luiz evidenciaram um Flamengo exausto após a maratona decisiva na Copa do Brasil.
No desfecho, o empate acabou sendo um resultado justo, pois houve uma divisão de protagonismo ao longo dos dois tempos. O Fla-Flu foi caracterizado por um equilíbrio evidente, inclusive nos erros de arbitragem.
Fonte: Ge (Globo)