Na noite desta quinta-feira (20), o Conselho Deliberativo do Atlético-MG aprovou a criação da Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Com mais de 273 votos favoráveis, a votação segue nesta sexta-feira (21).
Com a SAF devidamente aprovada, o clube agora traça os próximos passos para efetivar a venda de 75% das cotas por expressivos R$ 913 milhões, tendo o grupo liderado pelos 4 R’s como comprador.
O CEO do Atlético-MG, Bruno Muzzi, já mergulhou nos documentos, trabalhando arduamente para organizar a gestão e fazer a transição da associação para a SAF. Dentre os muitos processos que envolvem essa mudança, uma das etapas cruciais é obter a aprovação da negociação junto ao CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), processo que, segundo o gestor, pode levar de 30 a 45 dias.
Um ponto importante a ser destacado é o levantamento de credores, com a informação de que todas as dívidas passarão a ser de responsabilidade da SAF e não mais da associação. Isso inclui os credores dos CRI’s (Certificado de Recebíveis Imobiliários) da Arena MRV, cujas dívidas também serão transferidas para a SAF. Para efetuar essa mudança, será necessária a convocação de uma assembleia com os titulares dos CRI’s para aprovar a transferência.
“Temos um período de 60 dias até a operação ficar completa. Tem que passar pelo CADE, pedir autorização dos credores do CRI da Arena, mudança da titularidade do crédito, são diversos documentos. Assim, será o fechamento da operação e o dinheiro entrará. Teremos os processos legais, eleição dos membros do conselho de administração, da diretoria, o organograma. Vamos ver se em 60-90 dias, teremos tudo organizado para a vida nova do Galo”, explicou Bruno Muzzi.
Além disso, a venda aprovada no conselho inclui a transferência de ativos do clube para a SAF. Os jogadores terão seus contratos transferidos da associação para a SAF junto à CBF, com todos os acordos sendo republicados no Boletim Informativo Diário da entidade.
Durante a aprovação na sede administrativa do clube, Rubens Menin, um dos proprietários da SAF do Galo, demonstrou otimismo em relação aos prazos.
600 milhões à vista
Os 75% das cotas foram vendidos à Galo Holding por R$ 913 milhões. Deste montante, R$ 600 milhões serão pagos à vista, com previsão para outubro. A outra parte do valor – R$ 313 milhões – corresponde à conversão da dívida dos investidores, sendo que Rubens e Rafael Menin, além de Ricardo Guimarães, têm esse valor registrado no Galo por meio de mútuos (empréstimos).
Fonte: Ge (Globo)
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