O Ministério da Fazenda está buscando atrair novas empresas para o mercado de apostas esportivas no Brasil, aproveitando a regulamentação do setor. A expectativa é que, ao permitir apenas a atuação de empresas em mercados legais, a medida atraia investimentos significativos para o país.
Segundo o portal O Globo, projeções preliminares do próprio setor de apostas indicam que a arrecadação anual pode variar de R$ 6 bilhões a R$ 12 bilhões com a efetivação da proposta do governo.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou em uma entrevista coletiva no Rio uma estimativa mais conservadora, prevendo uma arrecadação em torno de R$ 2 bilhões. Mesmo assim, a medida é vista como uma aposta para garantir o aumento de receitas e sustentar os compromissos de controle das contas públicas.
A Medida Provisória (MP) enviada pela equipe econômica para regulamentar o mercado de apostas esportivas deve ser assinada pelo Executivo até sexta-feira (21). Como o mercado não era regulado, os técnicos da Fazenda basearam-se em projeções de entidades e associações do setor para estimar o potencial arrecadatório. A ideia é que a arrecadação anual possa chegar a até R$ 12 bilhões no longo prazo.
Durante reuniões entre representantes da Fazenda e empresas do setor de apostas, foram recebidas sinalizações de várias empresas interessadas em ingressar no mercado brasileiro após a regulamentação. Isso se deve ao fato de que essas empresas só podem operar em mercados legalizados, o que atualmente não é o caso do Brasil.
Portanto, a expectativa do governo é atrair não apenas essas empresas internacionais, mas também regulamentar as empresas que já estão atuando no país. O processo de habilitação das empresas ficará a cargo da nova Secretaria de Apostas e Loterias, que está sendo estabelecida dentro da estrutura do Ministério da Fazenda.
O ministro Fernando Haddad defende a importância de alinhar o Brasil a outros países que já regulamentaram as apostas esportivas. Ele destacou anteriormente que o setor “leva uma fortuna de dinheiro do país” sem pagar impostos, o que justifica a necessidade de regulamentação. Com a perspectiva de um mercado regulado, o país busca garantir benefícios financeiros significativos ao mesmo tempo em que controla melhor o setor de apostas esportivas.
Fonte: O Globo