Presidentes do IBJR e ANJL participam da CPI das Apostas Esportivas

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas, responsável por investigar a manipulação de apostas esportivas, desmascarada, após a Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Recebeu nesta terça-feira (08), os presidentes do os presidentes do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), Andre Gelfi, e da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), Wesley Cardia.

Os representantes das duas entidades foram convidados pelos deputados da comissão para explicar o papel das instituições que representam. Os deputados presentes, realizaram questionamentos sobre o setor de apostas no país e a atuação dos operadores aos dois convidados da sessão.

O primeiro a se apresentar foi o presidente do IBJR, André Gelfi, que destacou a CPI das Apostas Esportivas, o papel do instituto e a importância que os membros dão a questão da manipulação de resultados no brasil.

“A manipulação hoje é uma externalidade  que o instituto e os operadores de apostas, tratam com a devida responsabilidade, além do impacto econômico direto as casa de apostas, através dos quais os criminosos viabilizam essa atividade, a gente também tem a questão da integridade do esporte que é a matéria prima desta atividade, sem a credibilidade do esporte, sem a empregabilidade do evento esportivo não existia essa atividade”, destacou o presidente do IBJR.

André Gelfi


“A gente tem a preocupação de zelar por certos critérios de cumprimento e como essas empresas mantenedoras atuam fora do Brasil e como o Brasil ainda não tem regulamentação, adotamos o critério de que se precisa ter uma licença de um mercado maduro e regulado, como EUA, Europa e até a América Latina, com a Colômbia”.

“As empresas que são licenciadas e já operam de acordo com regras porque não temos uma estrutura aqui, mas temos a preocupação que sejam empresas que sigam critérios relacionados a manipulação de resultados, jogo responsável e lavagem de dinheiro”, continuou.

Gelfi, durante sua participação também destacou a alta carga tributária apresentada na Medida Provisória 1.182/23: “os 18% diretos sobre a operação já é alto, além de a eles serem agregados outros impostos, como PIS, Cofins e ISS. O governo precisa rever isso para atrair os operadores a buscarem suas licenças e não fazer com que alguns sigam no mercado cinza, que não traz benefícios para a sociedade como um todo e para o governo”.

Presidente do ANJL, Wesley Cardia


Wesley Cardia, presidente da ANJL, destacou que a entidade que representa foi criada para o debate de ideias, trazendo as questões dos associados em um formato institucional.

“A nossa entidade foi criada para dar um formato institucional aos pleitos dos associados e permitir uma franca troca de ideia e informações com os poderes públicos. Nós somos defensores intransigentes da regulamentação e da criação de leis que regulem o mercado”.

Cardia também trouxe a questão do combate a manipulação, e que o Brasil não é o único a sofrer com essa prática em partidas esportivas. “O Brasil não é o único lugar onde isso ocorre. Na Europa, há muitos casos, especialmente em países onde a regulamentação não foi bem elaborada para combater a prática”.

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