Presidente da ANJL, Wesley Cardia, destaca o potencial do mercado brasileiro de apostas e o futuro do setor

Em entrevista ao JR Entrevista, que foi ao ar nesta quinta-feira (10), o presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), Wesley Cardia, destacou ao jornalista Thiago Nolasco, a participação e as negociações do processo de regulamentação no país.

“Nós tivemos uma relação muito próxima com o Ministério da Fazenda, ao longo de toda a elaboração da Medida Provisória. Claro que no momento que saiu, nós tivemos finalmente acesso ao texto final, havia algumas modificações, como por exemplo, o percentual de 2% de impostos a serem pagos havia subido 2%, mas no geral estava muito próximo daquilo que havíamos sugerido, solicitado e influído, para que o texto fosse o mais próximo possível da boa regulamentação, e que estive também próximo das boas práticas internacionais”, destacou Wesley Cardia, sobre a relação com o governo no processo de regulamentação.

Cardia também comentou a alta carga tributária sobre o setor, que segundo ele, chegará até os 35,5%. “Além dos 18% sobre o GGR a ser aplicado ao setor, existem os impostos que qualquer empresa paga. Isso eleva a taxação a 35,5%. O imposto neste patamar inviabiliza a operação, pois muito alto, aumenta o jogo ilegal. Pode acontecer o que ocorre em Portugal, onde o imposto alto levou muitas empresas para o mercado ilegal e as que operam legalmente perdem mercado para aquelas que não pagam impostos”, ressaltou.

JR Entrevista – TV Record

O presidente da ANJL, também destacou o histórico do brasileiro com as apostas, e a necessidade de regulamentar um setor que já existe há muito tempo. “O brasileiro é um apostador, o brasileiro gosta. O brasileiro conhece futebol, ele gosta de apostar no resultado. Então isso faz parte da cultura brasileira e o brasileiro sempre foi um apostador desde os mais de 100 anos do jogo do bicho, por exemplo”.

“Isso faz com que a arrecadação e esse crescimento tende a crescer ainda mais nos próximos anos. Mas hoje, ninguém sabe nem o tamanho do mercado, ninguém sabe quanto é apostado no Brasil, justamente por isso, porque não há como aferir, porque não há pagamento de impostos”, declarou Wesley Cardia.


Assista a entrevista completa no canal do Jornal da Record no YouTube, ou no PlayPlus.

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