Fenae defende exclusividade da Caixa na operação de apostas esportivas

Em nota publicada na última terça-feira, 24 de outubro, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) expressou sua preocupação com a transferência da nova modalidade lotérica denominada “apostas de quota fixa” para empresas privadas. Esvaziando, assim, os recursos destinados aos programas sociais operados pelo banco público.

O Projeto de Lei 3626/2023 está em tramitação no Congresso, com o texto-base da lei já tendo sido aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 13 de setembro. Agora, o projeto está na Comissão de Esporte do Senado (Cesp). Após ser aprovado pelas comissões do Senado, o texto segue para votação no plenário.

“As loterias da Caixa têm décadas de existência. Quase metade do total arrecadado com os jogos, incluindo o percentual destinado ao Imposto de Renda, é investido em áreas prioritárias do país”, reforça Sergio Takemoto, presidente da Fenae.

Divulgação: Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae)

Em 2022, áreas como seguridade, segurança pública, saúde, educação, esporte e cultura receberam R$ 10,9 bilhões, um crescimento de 23% em relação aos repasses de 2021.

A Fenae manifestou sua preocupação junto ao senador Paulo Paim (PT/RS), que apresentou duas emendas que preveem a exclusividade de operação para a Caixa. São as emendas aditivas 67 e 68.

A emenda 67, apresentada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), inclui artigo que determina que a exploração de loterias é serviço público e só será permitida pelos entes federativos.

Já a emenda 68 estabelece que as apostas físicas serão realizadas exclusivamente por meio dos permissionários lotéricos, mediante autorização ao outorgante de serviços lotéricos, a Caixa Econômica.

Em sua justificativa, o senador destaca que a Caixa possuir expertise, rede de distribuição e a credibilidade da população para operar loterias. “Não é justo, portanto, que novos produtos de jogos entrem no mercado em concorrência e deles não participarem os lotéricos da Caixa”.

Fonte: Fenae

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