PL das apostas esportivas será votado nesta terça-feira, diz relator

O relator do projeto que regulamenta as apostas esportivas no país, o senador Angelo Coronel (PSD-BA), afirmou que a matéria será votada pelo plenário na nesta terça-feira (12). A votação do PL das Apostas Esportivas foi adiado novamente na última quarta-feira (06), após proposta do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O texto sofre com a oposição de senadores contrários à medida, segundo os parlamentares, o texto pode trazer malefícios à sociedade e abre caminho para a operação de jogos de cassino no país, acarretando vícios para a população.

O relator declarou em entrevista a O TEMPO, acredita que os senadores irão superar as críticas feitas por oposicionistas: “Mesmo com obstrução, nós vamos levar a voto. O que mais fico a pensar é que tem colegas senadores que são contrários a essa regulação. Eu sempre digo: nós não estamos inventando o jogo. O jogo já existe livremente, clandestinamente. Nós vamos regulamentar”.

O parlamentar cita que a legislação que trata das apostas esportivas já existe desde 2018, no governo de Michel Temer (MDB), e tinha um prazo de dois anos para ser regulamentada, o que não foi cumprido. Ele defende que a regulamentação também trará maior poder de fiscalização do poder público sobre a atividade.

“Esse discurso por causa de religião e de costumes não cola. Se tivéssemos ferramentas para coibir o jogo, tudo bem. Poderíamos até coibir para atender a essas pessoas que acham que o jogo vai levar à doença, ao vício exacerbado. Então regulando, você vai ter o poder da polícia e do Ministério Público para fiscalizar, locais apropriados para fazer a denúncia. E essa turma, que é uma minoria dentro do Congresso, está com uma ideia de não aprovar. Mas nós vamos aprovar”, apontou.

PL das apostas esportivas
Imagem: Reprodução/YouTube

Projeto

O senador Angelo Coronel reduziu de 18% para 12% a carga tributária sobre a receita bruta das empresas do setor obtida com os jogos, subtraídos os prêmios pagos aos apostadores. Pela proposta, os apostadores terão isenção tributária quando o prêmio obtido for de até R$ 2.112, correspondente à primeira faixa do Imposto de Renda. Acima desse valor, a alíquota será de 15%. Antes, a taxa seria de 30%.

Serão tributadas todas as empresas que operam, no Brasil, jogos de apostas virtuais, mesmo que sejam sediadas no exterior. O rol inclui, além das chamadas “bets”, os cassinos on-line. Os senadores devem manter em cinco anos o prazo de autorização do Ministério da Fazenda ao agente operador de apostas, podendo ser revista a qualquer tempo. Será cobrado um valor de até R$ 30 milhões, a ser pago em até 30 dias, a título de outorga para os sites que queiram atuar no Brasil.

O rateio desse montante vai beneficiar, entre outros, os Ministérios do Esporte, com 4% do total, e do Turismo, com 3,5%, e a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), com 1% da receita gerada. Os atletas ficarão com 1,13%; confederações esportivas receberão de 0,05% a 0,4%, enquanto meio por cento irá para secretarias estaduais de esporte, que deverão distribuir metade às pastas municipais de acordo com a população de cada município. Outras áreas beneficiadas serão a de Educação, com 1,82% da arrecadação com a medida, e da Saúde, com 0,5%.

A entrevista na íntegra está disponível no canal do YouTube do site O TEMPO, e pode ser acessado através do link a seguir:

Fonte: O TEMPO

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