Caixa Econômica Federal Planeja Ingresso no Universo das Apostas Online em Parceria Estratégica.
Em uma entrevista exclusiva ao podcast PodInvestir, hospedado no site Inteligência Financeira, Carlos Vieira, presidente da Caixa Econômica Federal, revelou os planos do banco para adentrar no mercado de apostas esportivas online, conhecidas como bets, até 2025.
Durante a conversa, Vieira destacou a sólida estratégia em andamento para posicionar a Caixa como uma presença significativa no universo das apostas. O presidente enfatizou que a entrada nesse segmento será realizada por meio de uma parceria estratégica entre uma nova empresa de loterias, recém-criada pelo banco, e um parceiro privado.
Além disso, Vieira compartilhou que a mesma entidade responsável pelas apostas instantâneas, popularmente conhecidas como raspadinhas, começará a operar ainda neste ano.
Confira a entrevista completa aqui:
“Dessa forma, o próximo passo será adentrar no mundo das apostas online em 2025”, revelou Carlos Vieira. Vieira adiantou que já possuem uma projeção de valuation para a nova empresa, resultado de uma parceria entre o banco e um investidor privado, enfatizando que o produto levará a marca Caixa.
A Caixa, tradicionalmente dominante no mercado de loterias, busca se posicionar no crescente setor de apostas online, que, de acordo com a consultoria global Comscore, cresceu 281% no Brasil de 2019 a 2023, alcançando 42,5 milhões de usuários. Vieira afirmou que o Ministério da Fazenda já concedeu a autorização para iniciar as operações, começando com as populares “Raspadinhas” e, posteriormente, migrando para as apostas esportivas online.
Bets: um negócio de R$ 100 bilhões
Entretanto, antes da entrada oficial, o banco precisa solucionar questões jurídicas relacionadas à presença de uma plataforma chamada CaixaBets na internet, que opera sem legislação específica. Apesar dos desafios, a Caixa visa aproveitar um mercado estimado em R$ 100 bilhões.
Construção de estádios
Além disso, Vieira compartilhou que a Caixa assinou um acordo de confidencialidade com o Flamengo para discutir o financiamento do estádio do clube. O presidente expressou o interesse em replicar um modelo semelhante ao acordo com o Corinthians, convertendo as dívidas dos clubes em títulos negociáveis no mercado. Essas negociações também incluem o São Paulo Futebol Clube, que, mesmo possuindo um estádio próprio, busca alternativas para concentrar suas dívidas bancárias com a Caixa, utilizando o estádio como garantia.