José Francisco Manssur foi notificado de sua saída na sexta-feira passada (16). A mudança ocorre em um contexto marcado pela crescente influência do Centrão no setor, o qual se estima uma arrecadação entre R$ 3 e R$ 6 bilhões em 2024. O Ministério da Fazenda emitiu um comunicado informando que a saída ocorreu a pedido do próprio Manssur.
Manssur estava sendo alvo de críticas por parte do Centrão, que almeja assumir o controle da área, de olho na receita proveniente da regulamentação das apostas, estimada entre R$ 3 e R$ 6 bilhões para este ano, conforme projeções da Fazenda. Manssur havia protegido o setor, o que gerou descontentamento em partidos do Centrão.
A decisão de sua demissão foi comunicada na última sexta-feira (16), quando o secretário-executivo da Fazenda, Dario Duringham, informou Mansur sobre sua exoneração.
O Ministério da Fazenda confirmou a saída de Manssur. Em comunicado, o órgão afirmou que a demissão ocorreu a pedido do próprio assessor.
Regulação das apostas esportivas
Integrantes do Ministério da Fazenda garantem que a responsabilidade pela área de apostas esportivas permanecerá sob sua jurisdição, e que a saída de Manssur faz parte de uma reformulação mais ampla do ministério, a ser anunciada nesta semana.
Segue a íntegra da nota oficial do Ministério da Fazenda sobre a saída de Manssur:
Na última sexta-feira (16), o assessor especial da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, José Francisco Cimino Manssur, foi exonerado do cargo a pedido. Manssur esteve à frente da elaboração do conjunto de regras para a regulamentação do setor de apostas por quota fixa no Brasil. O processo foi conduzido ao longo do ano de 2023 e concluído em dezembro, após a aprovação da nova legislação no Congresso Nacional e a sanção da Presidência da República. O Ministério da Fazenda agradece o trabalho prestado por Francisco Manssur ao longo desse período.