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O Senado Federal anunciou, durante sessão plenária realizada na terça-feira 12, a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar os casos de manipulação de resultados no futebol brasileiro. O presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG), leu o requerimento que pedia a criação da comissão, atendendo ao pedido protocolado pelo senador e ex-jogador de futebol Romário (PL/RJ) na última semana.
O embasamento para o requerimento foi fornecido pelo relatório da SportRadar, empresa que analisa em tempo real movimentações suspeitas em casas de apostas. Segundo a empresa, 109 partidas do futebol brasileiro realizadas em 2023 estão sob suspeita de manipulação.
A CPI contará com 11 membros titulares e sete suplentes, cujos nomes serão indicados pelos partidos e lideranças partidárias para instalação e início dos trabalhos. Os trabalhos terão duração mínima de 180 dias, com possibilidade de prorrogação.
A criação da CPI ocorre em meio ao anúncio de investigação de outro caso de manipulação de resultados, desta vez no Candangão, o Campeonato Estadual do DF. O Ministério Público do DF cumpriu mandados de busca e apreensão contra dois jogadores do Santa Maria, suspeitos de envolvimento direto com a manipulação de resultados em duas goleadas sofridas pela equipe na competição.
A CPI do Senado terá escopo de trabalho semelhante à comissão realizada em 2023 na Câmara dos Deputados, que investigou casos de manipulação do futebol brasileiro. Esta última ficou marcada por discussões acaloradas entre os deputados, culminando no término da comissão sem a apreciação do relatório final.