O Senado instala nesta quarta-feira (10) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas (CPiae), destinada a investigar e apurar fatos relacionados às denúncias e suspeitas de manipulação de resultados no futebol brasileiro. A CPI foi proposta pelo senador Romário (PL-RJ).
A primeira reunião estava marcada para as 9:00 horas, na qual foram eleitos o presidente, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO), o vice-presidente, senador Eduardo Girão (NOVO-CE), e o relator da comissão, senador Romário (PL-RJ).
Já na reunião de instalação, os integrantes deixaram claro que o objetivo do colegiado “é colocar tudo a limpo, abrindo as caixas pretas”, ao se referirem as denúncias sobre manipulação de resultados e casas de apostas esportivas.
Nesta última terça-feira (09), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou os nomes dos parlamentares que irão integrar a comissão de inquérito. Os senadores que fazem parte da comissão foram indicados na terça-feira (9) pelos líderes partidários do Senado.
“Aqui são pessoas que querem, definitivamente, colocar tudo a limpo, querem abrir as caixas pretas dessas casas de apostas que existem no nosso país, entender, conhecer melhor que tipo de manipulação vem acontecendo e quais são os autores e atores dessas manipulações”, afirmou o relator, Romário.
Entre os nomes definidos como titulares estão os dos senadores Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), Marcio Bittar (União-AC), Otto Alencar (PSD-BA), Angelo Coronel (PSD-BA), Jorge Kajuru (PSB-GO), Chico Rodrigues (PSB-RR), Romário (PL-RJ) e Eduardo Girão (NOVO-CE). Como suplentes, foram anunciados os senadores Giordano (MDB-SP), Efraim Filho (União-PB), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Carlos Portinho (PL-RJ).
A escolha dos membros da mesa, Romário, Kajuru e Girão, para liderar a CPI foi feita através de um acordo entre os participantes do colegiado.
CPI das Apostas Esportivas
A CPI foi requerida pelo senador Romário (PL-RJ) e será composta por 11 senadores titulares e 7 suplentes, com 180 dias de duração. Em seu requerimento (RQS 158/2024), o senador afirma que as apostas esportivas movimentam muito dinheiro atualmente e que o possível aliciamento de jogadores e dirigentes para manipulação de resultados pode colocar em risco a credibilidade dos jogos.
“Vale lembrar que o futebol é uma importante atividade econômica de nosso país, que gera dezenas de milhares de empregos e movimenta importante cadeia direta e indireta de geração de renda. É, portanto, dever do Estado regulamentar e fiscalizar as suas atividades, em nome do interesse público”, argumentou o senador.
Fonte: Agência Senado