Em uma reunião sigilosa com os membros da CPI das Apostas, John Textor, proprietário do Botafogo, apresentou documentos que fundamentam suas denúncias sobre possível manipulação de partidas no futebol brasileiro, como o jogo do Palmeiras contra o Vasco.
Dois casos específicos envolvendo o VAR em jogos do Palmeiras chamaram a atenção dos senadores.
O primeiro incidente refere-se a um impedimento assinalado contra o Vasco, resultando na anulação de um gol de Paulinho. Apesar da clareza das linhas traçadas no lance, a intervenção do VAR foi considerada fora dos protocolos usuais.
O segundo incidente envolve a expulsão do zagueiro Adryelson durante a partida em que o Palmeiras venceu o Botafogo por 4 a 3 no Estádio Nilton Santos. A polêmica surgiu porque a cabine do VAR não mostrou ao árbitro todas as imagens, omitindo um ângulo que indicava que Adryelson tocou na bola primeiro.
Em encontros privados, os senadores esclareceram a Textor que o material apresentado não pode ser tratado como prova definitiva, mas sim como indícios de manipulação. A empresa Good Games, responsável por analisar o comportamento de atletas e árbitros, confirmou à CPI que não realiza cruzamento de dados com outras informações, posicionando os documentos de Textor apenas como ponto de partida.
Desenvolvimentos Recentes na CPI das Apostas
A CPI das Apostas tem gerado intensos debates. Leila Pereira, presidente do Palmeiras, que inicialmente hesitava, concordou em depor perante os senadores da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas.
Na semana anterior, Julio Casares, presidente do São Paulo, respondeu às perguntas dos parlamentares. Ele afirmou desconhecer qualquer esquema de manipulação envolvendo seus jogadores. Textor alegou que jogadores do São Paulo teriam “facilitado” a derrota de 5 a 0 para o Palmeiras no Brasileirão de 2023, o que levou Casares a anunciar que o clube poderá acionar judicialmente o dono do Botafogo.