CBF Apresenta Critérios de Seleção de Árbitros à CPI de Manipulação de Jogos

Os advogados da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) entregaram à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado um documento detalhado sobre os critérios usados para a escolha dos árbitros nos jogos do Campeonato Brasileiro.

De acordo com a ata da última reunião da comissão de arbitragem da CBF, a designação dos árbitros é baseada em fatores como “as fases da competição, a importância e complexidade de cada partida, além da qualificação, condicionamento físico e desempenho técnico dos árbitros”.

Adicionalmente, é proibida a designação de árbitros para jogos entre clubes da mesma federação contra equipes de outros estados, bem como a arbitragem de partidas consecutivas pelo mesmo árbitro para uma equipe.

A CPI da Manipulação de Jogos está dividida em relação à proposta de sorteios para a escolha dos árbitros. Senadores como Carlos Portinho (PL-RJ) e Chico Rodrigues (PSB-RR) são a favor de um sorteio que respeite os critérios técnicos estabelecidos pela CBF, garantindo uma decisão final imparcial e objetiva. No entanto, o presidente da Comissão de Inquérito, Jorge Kajuru (PSB-GO), é fortemente contra essa ideia.

“Sorteio só funciona se for feito uma hora antes do jogo, sem anunciar previamente os árbitros participantes. Não adianta sortear na sexta-feira anterior à rodada”, afirmou Kajuru.

Audiência Pública para Escolha de Árbitros

Durante seu depoimento à CPI, Wilson Seneme, chefe de arbitragem da CBF, defendeu as audiências públicas que anunciam os árbitros de cada partida como uma medida de transparência. Ele explicou que essas reuniões públicas divulgam os árbitros selecionados, mas não fornecem detalhes sobre os critérios individuais de seleção ou os outros nomes considerados.

“Acho que o sorteio prejudica todo o trabalho que mencionei. É como pedir para um treinador sortear os jogadores que vão entrar em campo”, disse Seneme à CPI. “Pode ser uma possibilidade dentro de uma lei, mas não vejo necessidade de ser uma obrigatoriedade hoje em dia”, concluiu.

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