O empresário norte-americano John Textor, proprietário do Botafogo, enfrenta nova denúncia apresentada pela Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O motivo? Suas declarações sobre uma suposta manipulação de resultados em partidas do Campeonato Brasileiro.
As afirmações trouxeram à tona questões legais, gerando uma possível suspensão de até 810 dias e uma multa que pode chegar a R$ 500 mil.
Possíveis Consequências para John Textor
Após as investigações realizadas em julho, a recomendação inicial sugeria uma punição severa: seis anos de suspensão e uma multa de 2 milhões de euros. Agora, a situação se complica ainda mais, com novas evidências sendo avaliadas e John Textor sendo intimado a apresentar sua defesa.
A denúncia enquadra Textor em múltiplos artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Ele foi citado cinco vezes no artigo 243-F, que trata de insultos relacionados ao esporte, e uma vez no artigo 221, que lida com a abertura de inquéritos ou procedimentos por motivos pessoais ou erros graves. Se condenado, ele pode enfrentar a suspensão máxima de mais de dois anos.
Artigos Aplicados:
- Artigo 243-F: Refere-se à ofensa à honra de alguém relacionada ao esporte. A penalidade pode variar de uma multa de R$ 100 a R$ 100 mil, além de suspensão de 15 a 90 dias, dependendo da gravidade.
- Artigo 221: Estabelece sanções por abertura de inquéritos ou procedimentos sem fundamento. A punição pode ser de 15 a 360 dias de suspensão ou multa.
Acusações de Fraude em Partidas
Textor fez uma declaração polêmica em março, alegando ter evidências de manipulação de resultados em jogos do Campeonato Brasileiro, as quais ele apresentou ao STJD.
Em abril, ele afirmou publicamente que a partida entre Palmeiras e São Paulo teria sido manipulada. Essas acusações geraram grande repercussão no meio esportivo e levaram à abertura de investigações pela Procuradoria Geral da Justiça Desportiva, com apoio de várias entidades, como Palmeiras, São Paulo, e o Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo.
Após meses de análise, o STJD concluiu que as provas apresentadas por Textor eram “inválidas”. Além disso, suas ações foram consideradas uma violação à ética esportiva, afetando diretamente a honra de diversas entidades, atletas e árbitros.
O relatório final destacou que a conduta do dirigente configurou infrações desportivas, o que pode complicar ainda mais sua situação perante o tribunal.
Agora, o próximo passo será o julgamento de Textor, que pode enfrentar duras consequências por suas declarações e ações no mundo do futebol brasileiro.