A legalização dos jogos de azar e no Brasil é vista como uma oportunidade para descentralizar o turismo e impulsionar o crescimento de novos polos turísticos, afirma o ministro do Turismo, Celso Sabino.
O projeto em tramitação prevê a regularização de atividades como bingos, cassinos, jogo do bicho e apostas em corridas de cavalos. Segundo Sabino, não há resistência à proposta entre os membros do governo. Ele reforça que a regulamentação incluirá medidas para prevenir o vício em jogos.
A proposta avançou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em junho, mas ainda aguarda votação final na Casa.
Cassinos Integrados em Novos Polos Turísticos
A estratégia do ministro é que os resorts com cassinos integrados sejam estabelecidos em áreas turísticas com potencial de crescimento, afastadas dos grandes centros urbanos. Exemplos incluem destinos como Salinópolis e Alter do Chão, no Pará; Olímpia, em São Paulo; e Pirenópolis e Alexânia, em Goiás.
O relator do projeto, senador Irajá Abreu (PSD-TO), projeta uma arrecadação de mais de R$ 20 bilhões anuais com a regularização dos jogos.
Além disso, Sabino destaca a possibilidade de formalizar o jogo do bicho, que apesar de ser comum em diversas cidades brasileiras, ainda é considerado contravenção penal.
O ministro mencionou o interesse de investidores internacionais, como empresários da Europa, Estados Unidos, China, Grécia e Chile, em abrir cassinos no Brasil, variando em tamanho conforme a população e a localização dos empreendimentos.
Sabino também sublinha a importância de criar regras rigorosas para evitar o acesso de jogadores compulsivos aos cassinos. “Regramento claro. As pessoas que vão entrar na área dos cassinos vão ser identificadas, vai ter um controle. Quem for identificado com essa compulsão não vai poder acessar as áreas”, disse o ministro, que também coordena a reunião de ministros do Turismo do G20, sob a presidência do Brasil em 2024.