A Autoridade Nacional dos Jogos (ANJ), órgão regulador do setor de jogos na França, firmou uma nova parceria com a União Nacional das Associações Familiares (UNAF) para promover o jogo responsável e combater a participação de menores. O acordo foi assinado no dia 18 de setembro pela presidente da ANJ, Isabelle Falque-Pierrotin, e pela líder da UNAF, Marie-André Blanc, visando fortalecer a cooperação no controle do jogo excessivo e na proteção de menores.
Esta nova colaboração é um desdobramento da parceria original de 2020, estabelecida após o Observatório de Jogos estimar, em 2019, que cerca de 1,4 milhão de jogadores na França estavam em risco de desenvolver dependência, sendo 400 mil em estado patológico. A ANJ tem priorizado a redução do número de jogadores problemáticos e a proteção de menores, como parte de seu plano estratégico para os próximos dois anos, lançado em janeiro de 2024.
A UNAF, que representa 18,5 milhões de famílias francesas, tem atuado especialmente na prevenção de apostas por menores de idade, reforçando o trabalho junto a essas questões sociais.
Principais Novidades da Parceria ANJ-UNAF
Diferentemente dos acordos anteriores, a renovação da parceria focará no desenvolvimento de ferramentas de apoio para profissionais que trabalham com grupos vulneráveis. Além disso, estão previstos estudos e materiais informativos para conscientização sobre os riscos do jogo, além de programas de treinamento voltados a profissionais e voluntários do setor.
A parceria também visa aprimorar as ferramentas disponíveis para famílias, especialmente no controle de apostas feitas por menores, buscando reduzir o vício em jogos e seus impactos negativos. Ao longo do segundo semestre de 2024, ANJ e UNAF devem lançar campanhas informativas sobre os perigos do jogo excessivo e a proteção dos jovens.
Crescimento do Mercado Ilegal de Jogos
Outro ponto de preocupação é o crescimento do mercado de jogos ilegal na França, que afeta diretamente o combate ao jogo excessivo. Em julho, a Associação Francesa de Jogos Online (AFJEL) alertou que o número de jogadores no mercado negro poderia chegar a quatro milhões em 2023, superando os 3,6 milhões que atuam no mercado regulamentado. Este é o primeiro ano, desde a legalização dos jogos online em 2010, que o mercado ilegal ultrapassa o licenciado.
De acordo com a AFJEL, essa tendência desafia os esforços de regulamentação e sinaliza um desvio preocupante para o mercado não autorizado, cujos impactos são difíceis de mensurar completamente.