O senador Irajá (PSD-TO), relator do Projeto de Lei 2234/2022, defendeu a legalização de cassinos, bingos e jogo do bicho em estabelecimentos físicos no Brasil, destacando que essas modalidades são “a parte boa” e “responsável” do setor de jogos, ao contrário das apostas online.
Segundo Irajá, os jogos presenciais oferecem um ambiente mais controlado, onde o governo pode fiscalizar com mais rigor, reduzindo riscos como compulsão e endividamento excessivo.
Benefícios econômicos e fiscalização eficaz dos jogos físicos
O projeto, aprovado em junho pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado com 14 votos a favor e 12 contra, enfrentou forte resistência da bancada evangélica, que tentou bloquear a proposta.
Mesmo assim, Irajá defende que a legalização dos jogos físicos traria inúmeros benefícios econômicos, incluindo a criação de empregos, aumento da arrecadação de impostos e estímulo ao turismo, comparando com exemplos internacionais de sucesso em países que já regulamentaram essas atividades.
“O jogo físico é a parte boa porque gera emprego, renda e movimenta a economia real, como a construção civil e o turismo. Diferente das apostas online, que são difíceis de fiscalizar e muitas vezes operam de paraísos fiscais, os cassinos físicos permitem uma maior atuação do governo, como fiscalização policial e auditoria pela Receita Federal”, afirmou o senador.
Irajá também ressaltou que a presença física dos cassinos permite o controle do acesso de menores de idade, uma das maiores preocupações quando se trata de jogos de azar online. “O governo pode fiscalizar diretamente esses estabelecimentos, algo impossível com as plataformas digitais, que muitas vezes escapam ao controle nacional.”
Além dos benefícios econômicos, o senador acredita que a legalização dos jogos físicos pode contribuir para o combate ao crime organizado, trazendo empresas legítimas para um mercado atualmente dominado por atividades ilícitas. Segundo ele, o projeto poderá ser votado ainda este ano, após as eleições, e conta com apoio suficiente para ser aprovado. “Não é uma pauta religiosa ou ideológica, é uma agenda econômica positiva para o Brasil”, concluiu Irajá.