Integrantes do Ministério da Saúde defendem que seja feita uma divulgação ampla dos efeitos nocivos das bets para a saúde e também a restrição da propaganda de casas de aposta, para que não atinja crianças, adolescentes, grupos vulneráveis e endividados, aponta reportagem da Folha de São Paulo.
No final de setembro, a ministra Nísia Trindade (Saúde) afirmou que o vício em bets deveria ser encarado com a mesma gravidade que o tabagismo.
No governo, ministérios como Saúde, Direitos Humanos, Fazenda, Desenvolvimento Social e Justiça e Segurança Pública têm discutido o tema e os efeitos negativos das bets. Eles estudam uma restrição ao acesso considerando a proteção a crianças e adolescentes, grupos vulneráveis e também levando em conta ambientes onde já existam informações de superendividamento.
Na pasta de Trindade, a preocupação é com os reflexos sobre a saúde e como divulgar os efeitos nocivos das bets sobre crianças, adolescentes e adultos, como o agravamento da dependência. A intenção é evidenciar os malefícios à saúde, como acontece com o cigarro, e também a consequência da dependência de apostas online para a saúde mental e o organismo.
Integrantes do ministério defendem ainda regular a propaganda das casas de aposta a partir de dados de idade, localização e horário dos acessos, considerando o público mais vulnerável. Segundo pessoas que participam das negociações da portaria, a dificuldade de fechar um texto no governo é justamente conciliar posições de saúde com a de outras pastas, como a Fazenda, que foca em arrecadação.
Fonte: Folha de São Paulo