O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destacou, na terça-feira (5), que a regulamentação da reforma tributária não deve sobrecarregar as discussões essenciais sobre a CPI das apostas, que está em andamento no Congresso.
Em suas declarações, Pacheco enfatizou que a criação da CPI é uma ação que ocorre em um momento oportuno, dada a crescente preocupação com os impactos dos jogos de azar no Brasil, especialmente nas famílias brasileiras.
Jogos de Azar: A Urgente Regulamentação
Pacheco fez uma análise sobre a evolução do setor de jogos no país. Segundo ele, embora os cassinos físicos ainda não tenham sido legalizados no Brasil, a prática de jogos de azar já está presente na vida dos cidadãos por meio das apostas online. Ele ressaltou que esse cenário está afetando muitas famílias, com o vício em jogos comprometendo o bem-estar de pessoas em diversas regiões do país.
“Infelizmente os cassinos não foram aprovados fisicamente no Brasil, mas passaram a integrar a vida das famílias, ou seja, essa lei colocou os cassinos dentro das casas dos brasileiros e obviamente que isso precisa ser limitado para evitar o vício no jogo e famílias inteiras estão comprometidas”, afirmou Pacheco.
Reestruturação do Estado e Fim dos Supersalários
Além das questões relacionadas aos jogos de azar, o presidente do Senado também abordou temas financeiros importantes para o país. Pacheco defendeu a implementação de cortes de gastos públicos e o fim dos “supersalários”, que têm gerado discussões no cenário político. No entanto, ele alertou que tais medidas precisam ser discutidas de forma cuidadosa para não afetar a valorização dos servidores públicos.
Futuro da Autonomia do Banco Central e Sucessão no Senado
Outro ponto abordado foi a autonomia financeira do Banco Central. Pacheco acredita que a discussão sobre o tema deverá se estender até o final de 2024, com a análise sendo conduzida pela Comissão de Constituição e Justiça. Em relação à presidência do Senado, ele reafirmou seu apoio ao senador Davi Alcolumbre (União/AP) para a sucessão em 2025.