O depoimento de Lucas Paquetá à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas foi adiado pela segunda vez. O jogador do West Ham e da seleção brasileira deveria ser ouvido no dia 3 de dezembro, mas a audiência foi novamente remarcada, sem uma nova data definida. Os advogados de Paquetá informaram que seria impossível sua participação nesta semana, embora o motivo específico não tenha sido divulgado.
O adiamento ocorre enquanto Paquetá se prepara para um importante compromisso com o West Ham, que enfrenta o Leicester nesta terça-feira, pela 14ª rodada do Campeonato Inglês. A expectativa é que o jogador esteja em campo, sob o comando do técnico Julen Lopetegui.
Inicialmente, Paquetá seria ouvido em 30 de outubro, mas o depoimento foi adiado após um pedido de seus advogados. A CPI rejeitou a primeira solicitação, mas aceitou o segundo pedido, que alegava que Paquetá precisava se concentrar na elaboração de sua defesa para a Federação Inglesa, a ser apresentada em dezembro. A audiência da Associação Inglesa de Futebol (FA) está marcada para março de 2025.
Em outubro, Paquetá se manifestou sobre as acusações e a repercussão do caso. “Estou frustrado com notícias falsas e imprecisas, tanto na Inglaterra quanto no Brasil, que visam prejudicar minha imagem”, afirmou. O jogador reafirmou sua negação das acusações e disse estar determinado a provar sua inocência.
Investigações continuam com depoimentos de outras figuras importantes
Além do adiamento do depoimento de Paquetá, a CPI segue com a oitiva de outras testemunhas. Nesta terça-feira, a superintendente da Anatel, Gesilea Fonseca Teles, será ouvida, além de Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, responsável por pesquisas sobre o mercado de apostas.
A CPI também investiga denúncias de manipulação de resultados envolvendo clubes menores. O presidente da Sociedade Esportiva Belford Roxo, Reginaldo Gomes, é esperado para depor na quarta-feira, após seu clube ser mencionado em uma investigação policial sobre manipulação de jogos. A investigação apura apostas suspeitas realizadas, principalmente na Ásia, durante uma partida contra o Nova Cidade.
O presidente do Nova Cidade, Jorge Luiz Pacheco Eloy, já depôs à CPI, negando qualquer envolvimento com manipulação e explicando que as dificuldades físicas da equipe de base foram a principal causa da derrota no segundo tempo.