A Polymarket, plataforma de mercados de previsão baseada em criptomoedas, deixou de aceitar usuários franceses. A medida atende a uma determinação da Autorité Nationale des Jeux (ANJ), reguladora de jogos da França, que ordenou o encerramento das atividades da empresa no país.
A decisão foi tomada após a descoberta de que um dos principais apostadores da plataforma, identificado como “The Polymarket Whale”, era um cidadão francês chamado Théo. Ele teria obtido ganhos de cerca de US$ 80 milhões ao apostar na vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos, realizada em novembro deste ano.
Além disso, o CEO da Polymarket, Shayne Coplan, tornou-se alvo de investigações nos Estados Unidos. No dia 13 de novembro, poucos dias após o pleito, ele foi alvo de uma operação do FBI, que apreendeu seu telefone e outros dispositivos eletrônicos durante a operação.
Polymarket desativa negociação para usuários franceses
A Polymarket desativou a funcionalidade de negociação para usuários localizados na França. Apesar disso, endereços IP franceses ainda conseguem acessar a plataforma.
Atualmente, uma mensagem pop-up é exibida para os usuários que tentam acessar o serviço a partir da França, informando que a negociação está indisponível para pessoas localizadas nos Estados Unidos, França ou outras jurisdições restritas.
A ANJ advertiu a Adventure One QSS Inc., empresa panamenha responsável pela operação da Polymarket, para implementar medidas de bloqueio geográfico específicas para os jogadores franceses.
Na França, operar jogos de azar não regulamentados com dinheiro real pode levar a penas de até três anos de prisão e multas de € 90.000 (cerca de 573 mil reais) advertiu a entidade francesa de jogos e apostas.