O Governo do Paraná autorizou nesta terça-feira (3) o investimento de R$ 10 milhões para construir um Laboratório Forense de Combate a Crimes Financeiros para a Polícia Científica. Os recursos são advindos das atividades reguladas pela Loterias do Estado do Paraná (Lottopar).
O Centro Integrado de Processamento e Análise de Dados (CIPAD) ficará na sede do órgão, em Curitiba, e será usado para detecção da prática da lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio, operações financeiras ilegais e crimes relacionados, promovendo ainda mais o combate à corrupção de pessoas físicas e jurídicas.
O laboratório vai contribuir com as investigações sobre pagamentos indevidos, contratos fraudulentos, notas fiscais frias e calçadas, sobrepreço ou superfaturamento de produtos e serviço, circulação de dinheiro por paraísos fiscais, ocultação de valores e patrimônio, emprego de “laranjas” e “testas de ferro”, contabilidade fraudulenta ou paralela e mecanismos de lavagem de dinheiro.
“A Lottopar nasceu com o propósito de fiscalizar e regulamentar as operações lotéricas, proporcionando um entretenimento seguro aos paranaenses mas acima de tudo com retorno social. Esse foi o primeiro recurso destinado ao Governo do Paraná para reforçar as ações de segurança pública, em especial da Polícia Científica do Estado”, destacou o diretor-presidente da Lottopar, Daniel Romanowski.
Segundo o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, o investimento visa reforçar as atividades desenvolvidas pelas polícias Civil e Científica. “Esse aporte de recursos será destinado especificamente para a criação do Centro Integrado de Processamento e Análise de Dados, que tem o objetivo de dar suporte à Polícia Judiciária no combate ao crime de lavagem de dinheiro e ao crime organizado”, afirmou.
“O novo Centro é uma estrutura que integrará a Polícia Civil e a Polícia Científica em um ambiente tecnológico, que fará a intensificação das perícias e das investigações em crimes relacionadas à lavagem de dinheiro, crime organizado e combate à corrupção”, explicou o diretor-geral da Polícia Científica do Paraná, Luiz Rodrigo Grochocki.
O CIPAD também vai embasar relatórios da Divisão Estadual de Combate à Corrupção, Delegacia de Estelionatos, Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos, Divisão Estadual de Narcóticos e Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná.
“Essa transferência de recursos vai auxiliar a estruturação do CIPAD, que será uma unidade conjunta com a finalidade de intensificar a prevenção e o enfrentamento às ações do crime organizado, a lavagem de dinheiro e também ao combate à corrupção no estado do Paraná”, disse o delegado-geral da PCPR, Silvio Jacob Rockembach.