PF aguarda aval do Ministério da Justiça para extradição de ‘rei do rebaixamento’

A Polícia Federal afirmou à CPI das Apostas no Senado que aguarda autorização do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), vinculado ao Ministério da Justiça, para iniciar os trâmites operacionais e extraditar o empresário William Rogatto, o “rei do rebaixamento” preso em Dubai por manipulação de resultados, revelou O Globo.

A informação consta de uma resposta da PF a um ofício enviado pela comissão pedindo detalhes sobre o processo de extradição.

No documento, a delegada Ana Luíza Pacheco diz que Rogatto segue preso em Dubai após um alerta da difusão vermelha da Interpol, no âmbito de um processo que tramita na Justiça do Distrito Federal.

Segundo um investigador a par do caso, ainda não há data prevista para a chegada de Rogatto ao Brasil, uma vez que “quem impulsiona o processo de extradição é o juiz do caso”.

rei do rebaixamento
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Em conversas reservadas, membros da CPI das Apostas têm demonstrado incômodo com a demora da Justiça por atrapalhar a estratégia de negociar uma delação premiada. Rogatto é tido como uma peça-chave para os trabalhos da comissão, prorrogados até 1º de abril.

Um dos integrantes, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) vai oficiar o Itamaraty e o Ministério da Justiça por mais informações. Ele afirma que não interessa à CPI que Rogatto fique preso em Dubai e que o empresário “tem que vir o mais rápido para o Brasil”.

— Vou oficiar a chancelaria brasileira para que a embaixada do Brasil lá também esclareça que medida está adotando para assistência do preso, contato com sua família e seu advogado, como é necessário.

Em depoimento à CPI das Apostas, Rogatto afirmou que foi responsável pela queda de divisão de 42 clubes, em operações que envolviam de atletas a árbitros e dirigentes esportivos. As manipulações teriam rendido lucros de R$ 300 milhões.

Fonte: O Globo

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