Bets ilegais usam estratégias para alcançar crianças e adolescentes

Bets ilegais estão direcionando propagandas de jogos de apostas online para crianças e adolescentes, revela levantamento do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict). De acordo com o relatório, as publicações de sites ilegais geraram mais de um milhão de reações nas redes sociais.

A análise foi feita entre outubro e dezembro de 2024. Somente no aplicativo de mensagens Telegram, os pesquisadores identificaram mais de 115 mil publicações em comunidades públicas ligadas às apostas ilegais. Em outras plataformas, foram registradas cerca de 86 mil menções ao tema, gerando mais de um milhão de reações.

Entre as estratégias adotadas pelas empresas, estão o ocultamento da restrição etária, o uso de anúncios pagos, promessas de bônus e cashback e outras táticas que apresentam as apostas como uma forma de renda alternativa.

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Foto: Danilo Verpa/Folhapress

Em canais do YouTube, a situação é ainda mais grave. Influenciadores têm usado suas transmissões ao vivo para ensinar menores de idade a jogar, inclusive no popular “jogo do tigrinho”.

Segundo Tiago Braga, diretor do Ibict, os influenciadores mantinham canais regulares, sem ligação direta com apostas, mas aproveitavam as lives para inserir anúncios de bets ilegais. “Assim que essa transmissão acabava, eles apagavam os anúncios. Isso não ficava registrado, nem os metadados, nem os anúncios”, revelou.

Na última semana, o Senado aprovou um projeto de lei que busca proibir a veiculação desse tipo de propaganda por influenciadores digitais. A proposta ainda precisa ser analisada pela Câmara dos Deputados antes de seguir para sanção presidencial.

Assista a matéria completa da TV Cultura acessando o link a seguir:

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