O senador Angelo Coronel (PSD-BA) defendeu, nesta segunda-feira (11), a legalização dos jogos no Brasil. Em entrevista à Rádio Sociedade, o parlamentar destacou que os jogos de azar já existem em todo o país, mas operam na ilegalidade e sem qualquer contribuição ao Estado.
“O que queremos é tirar da clandestinidade”, afirmou o senador ao ser questionado sobre o tema da legalização dos jogos de azar no país, pela jornalista e produtora, Maysa Polcri, durante o programa Sociedade Urgente.
Coronel afirmou que a legalização do setor de jogos de azar físicos no Brasil pode beneficiar áreas como educação, saúde e segurança, por meio da arrecadação de impostos após a regulamentação do setor pelo governo federal.
O senador também destacou uma emenda de sua autoria que restringe o funcionamento de cassinos a complexos de lazer ou embarcações destinadas exclusivamente a esse fim, como forma de evitar a proliferação desordenada de casas de jogos. “Não estamos inventando o jogo, estamos organizando”, concluiu.
Coronel afirmou que o Brasil deveria seguir o exemplo da maioria dos países, onde os jogos são legalizados e controlados. “Apenas Indonésia e parte da Arábia Saudita ainda não legalizaram”, explicou. O senador acredita que, com regras claras, será possível reduzir abusos e garantir mais fiscalização.
O projeto que legaliza cassinos, bingos e o jogo do bicho está em tramitação no Congresso Nacional. Em julho, chegou a entrar na pauta do Senado, mas foi retirado pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), por falta de quórum. A proposta deve voltar à discussão no segundo semestre de 2025.
A matéria foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em junho de 2024, com votação apertada, após articulação liderada por Alcolumbre, que presidia o colegiado à época. O texto também já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados em 2022.