A Receita Federal anunciou nesta terça-feira (23) que o governo federal arrecadou, entre janeiro e agosto deste ano, R$ 5,62 bilhões com o setor de apostas esportivas e jogos online, as chamadas bets. Os dados foram apresentados durante entrevista coletiva realizada na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília, sobre os resultados da arrecadação das receitas federais divulgados pelo órgão.
Os dados foram apresentados e detalhados pelo chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Malaquias; e pelo coordenador de Previsão e Análise da Receita Federal, Marcelo Gomide, auditores-fiscais da Receita Federal, com transmissão no canal do Ministério da Fazenda.
“Nós tivemos a inovação legislativa, que foi com a regulamentação das atividades de exploração de jogos de azar e aposta, nós temos aí uma diferença positiva de R$ 5,590 bilhões”, disse Claudemir Malaquias.
O governo esclareceu que o montante corresponde à arrecadação total do setor, que inclui impostos como IRPJ e CSLL pagos pelas empresas, e não apenas à contribuição específica sobre apostas de quota fixa, cuja destinação segue regras próprias previstas em lei.
“Isso aqui é arrecadação total do setor. Por que isso? Porque essas empresas são empresas normais e elas também arrecadam imposto de renda, contribuição social. Então aqui está a arrecadação total e não simplesmente a arrecadação decorrente dos jogos”, afirmou Malaquias.
Confira o material com os dados da arrecadação federal de agosto de 2025 aqui.
Aumento de Impostos
O governo federal publicou, em 11 de junho deste ano, a Medida Provisória (MP) 1.303/25, que deve aumentar a arrecadação. A MP impacta diretamente o setor de apostas, elevando a taxa sobre o Gross Gaming Revenue (GGR) — a receita bruta de jogos — de 12% para 18%, ampliando a cobrança de impostos sobre o faturamento das plataformas.
A projeção da equipe econômica é que a arrecadação específica com o segmento alcance R$ 1,98 bilhão até o fim de 2026, sendo aproximadamente R$ 285 milhões já em 2025 e mais de R$ 1,7 bilhão no ano seguinte.