A Justiça do Distrito Federal decidiu, nesta quinta-feira (4), tornar o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, réu pelo crime de estelionato. A acusação está relacionada à investigação que apura a suposta participação do atleta em um esquema de manipulação de apostas online.
A decisão foi tomada pela 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), e atendeu um recurso do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), ligado ao MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios).
O jogador é investigado por informar ao irmão, Wander Nunes Junior, que receberia um cartão amarelo no jogo entre Flamengo e Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023. Wander, segundo a denúncia, apostou na ocorrência do cartão e repassou a informação a outras pessoas.

Em julho deste ano, Bruno Henrique se tornou réu na primeira instância pela acusação de fraudar resultado de competição esportiva. Contudo, o juiz responsável pelo caso rejeitou a parte da denúncia que acusava Bruno Henrique de estelionato.
Após a decisão, o Ministério Público (MP) recorreu da decisão e o recurso foi julgado hoje.
Na esfera esportiva, o atleta foi apenas multado pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e continuou atuando normalmente, participando da reta final do Brasileiro deste ano e da decisão da Copa Libertadores.
A defesa do jogador disse que vai recorrer da decisão para demonstrar o equívoco da denúncia do MP. “A defesa do atleta Bruno Henrique recebeu com indignação a notícia do julgamento que acatou recurso do MPDFT para abrir ação penal quanto a um suposto crime de estelionato, fato que contraria decisão fundamentada do juiz de primeira instância”, disse a defesa.