Nesta quarta-feira (17), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comunicou aos deputados a necessidade de iniciar um debate sobre a regulamentação das apostas esportivas. Ele enfatizou, no entanto, que o governo não tem intenção de impor tributos sobre os jogos.
O ministro participou de uma sessão conjunta de comissões na Câmara dos Deputados, onde falou sobre as apostas esportivas: “No caso dos bets apostas esportivas, como alguém pode estar em desacordo? São sites no exterior, ganhando dinheiro fazendo o que fazem, tem trapaça – e não estou falando de algo específico, mas sabemos que tem isso, até denunciado pela Polícia Federal”.
“Como você não vai regulamentar isso e deixar a economia popular desassistida? Vamos regulamentar, fazer a coisa certa”, afirmou Haddad.
Casos de manipulação no futebol devem acelerar regulamentação das apostas esportivas
Além do projeto da Lei Geral do Esporte, outro assunto relacionado a competições esportivas tem recebido destaque no Senado nos últimos dias: a regulamentação das apostas esportivas. Esse tema ganhou relevância devido aos avanços da Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás, que investiga um esquema de manipulação de jogos de futebol por meio de apostas.
Apesar de não haver um projeto específico sobre o assunto na pauta, os parlamentares aproveitaram o espaço no Plenário da Casa para criticar a interferência das apostas no futebol e ressaltar a importância de regulamentar o setor. O senador Omar Aziz (PSD-AM) foi responsável por iniciar o debate durante a votação do projeto da Lei Geral do Esporte (PL 1.825/2022), no dia 11 de maio.
“Dificilmente você vê um brasileiro que não torce por algum time. Mas se nós não tomarmos uma posição, o governo não tomar uma posição, o Congresso Nacional não tomar uma posição sobre essas apostas esportivas que estão tendo aí, vai acabar o futebol, porque estão comprando jogador e vão continuar comprando jogador de futebol. Isso virou uma esculhambação geral”, afirmou Aziz.